Para a última publicação do blog, decidi escrever qualquer coisa a cerca do que aprendi nestes últimos meses.
Escolhi a disciplina de psicologia por curiosidade até porque tinha considerado tirar licenciatura em psicologia caso não gostasse de Direito. Fiquei surpreendida e não me arrependi. Acho importantíssimo qualquer pessoa, que tenha possibilidade, que estude psicologia ou pelo menos tente aprender mais do que aquilo que se ouve falar ou se vê nos filmes.
A psicologia é muito mais do que imaginamos, está presente constantemente na nossa vida, nas nossas relações, comportamentos, sentimentos... Ao ter tido esta disciplina aprendi muito, vejo as coisas de forma diferente e de certa forma até percebo melhor aquilo que me rodeia.
Um ensaio clínico realizado no Reino Unido demonstrou que os cogumelos alucinogénicos, conhecidos como cogumelos mágicos, aliviaram a depressão profunda em 12 voluntários, e afastaram-na completamente durante pelo menos três meses em cinco deles.
O estudo, publicado na revista científica The Lancet, levou vários anos a realizar e precisou de grande financiamento devido às restrições impostas aos ensaios com este tipo de drogas. Os investigadores da Imperial College London esperam que os resultados do estudo possam ajudar a que um estudo futuro - com uma amostra significativamente maior de voluntários - não enfrente as mesmas dificuldades.
Porque esta investigação contava apenas com 12 voluntários e não tinha nenhum grupo a tomar um placebo para comparar os resultados, a sua credibilidade é limitada, servindo apenas para provar que é necessário investigar mais neste campo.
Os 12 voluntários tomaram duas doses de psilocibina, o ingrediente alucinogénico presente nos cogumelos, com 7 dias de separação entre a primeira e a segunda. Em todos, os sintomas da depressão profunda foram aliviados pelo menos temporariamente, e em cinco deles a depressão permaneceu afastada durante pelo menos três meses sem repetição das doses. Os voluntários tiveram autorização dos seus médicos e foram sujeitos a várias avaliações prévias antes de tomarem a substância.
O investigador Phil Cowen, que não participou no estudo, louvou os cientistas que o realizaram por terem "completado com eficiência e segurança uma investigação clínica importante acerca do efeito da psilocibina na depressão resistente aos tratamentos convencionais, perante inúmeros obstáculos legais e práticos". Num comentário também publicado na The Lancet (esta hiperligação abre em PDF), Cowen acrescentou: "Claro que também são devidos enormes agradecimentos aos participantes".
O investigador que liderou o estudo, Robin Carhart-Harris, da Imperial College London, afirmou esperar que a psilocibina possa ser considerada como possível princípio ativo para futuros medicamentos para aliviar a depressão. "A depressão resistente a tratamento é comum, é debilitante e extremamente difícil de tratar. São necessários novos tratamentos urgentemente, e o nosso estudo da psilocibina é uma área prometedora para investigação futura", disse o investigador, em comunicado.